sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Meia Amazônia Não!

Já ouviram falar sobre o Meia Amazônia Não? Já assinaram? Tá bom, vou explicar.
Entrem no site http://meiaamazonianao.org.br/ e assinem a petição que quer combater o PL 6424/2005, que legaliza a derrubada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas na Amazônia.
Eu sei que não é muito mas pelo menos estamos fazendo alguma coisa!
Eu já assinei.
Vamoaê galera!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Scion Speak

Olha esse site, que sensacional! É o Scion Speak, um site onde você cria seu próprio brasão, com os elementos que eles disponibilizam. É muito simpático, eu adorei.
Olha o meu primeiro brasão:

Ok, nada de fantástico, mas depois a gente vai pegando o jeito. A única coisa que, na minha humilde opinião deixa a desejar, é que não dá para escrever o que você quiser na faixa, mas nada que um Photoshop não resolva depois, se você realmente fizer questão.
Divirtam-se!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fim do mundo

Parece o fim do mundo. Quando tudo dá errado e você sente como se não parasse de chover. Embora você saiba que não pode chover eternamente, a impressão é essa.
Você quer deitar, fechar os olhos e dormir ouvindo o barulho da chuva, mas você não consegue dormir. E a chuva é tão forte, com relâmpagos e trovoadas, que você se assusta.
E o pior de tudo é que você sente como se merecesse aquilo tudo, como se fosse justo. Como se aquela tempestade infinita fosse seu castigo. Então você abaixa a cabeça e aceita aquela tormenta que só atinge você.
Aceita o que parece ser o seu fim do mundo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O Ombro Amigo

Ela queria um ombro amigo. Só que não era qualquer ombro amigo, era um ombro específico. Mas não podia pedir, e sabia disso. Aquele era o único ombro que realmente a deixaria melhor, mas ela sabia muito bem que pedir aquele ombro amigo não era uma opção. Ela não podia, muito menos deveria, deixar aquele ombro mais preocupado com ela do que já era naturalmente.
Aquele ombro era provavelmente o que mais se importava e se preocupava com ela, afinal. Não era justo fazer isso. Além do mais, aquele ombro que era na verdade muito mais que amigo, se preocupava com muitas outras coisas, muito mais importantes do que um choramingo e um desabafo dela. Coisas realmente sérias, coisas tangíveis, coisas mais urgentes do que aquelas lágrimas. Lágrimas, é bem verdade, que andavam sendo muito vertidas por aí, embora aquele ombro não soubesse disso. Talvez não tivesse sido informado exatamente por ser um ombro tão importante que não pode se distrair de suas funções e se preocupar com coisas pequenas.
Mas cada vez mais ela sentia que precisava daquele ombro. Do ombro, do abraço, do colo, do “vai dar tudo certo”. Aquele ombro não foi sempre tão amigo, mas depois que passou a ser, virou o preferido dela. Sabia que provavelmente o ombro não soubesse que era tão importante assim, mas o considerava o melhor de todos.
Pensou em como acreditava profundamente nisso, mas nunca tinha dito. Perguntou-se se ele ao menos desconfiava da importância que tinha para ela, e percebeu que nunca demonstrou o quanto amava aquele ombro. Anotou mentalmente: “Mostrar antes que seja tarde”.
Foi então um pensamento ainda mais assolador caiu sobre ela: “Será que a recíproca é verdadeira? O ombro também acredita que não deve me preocupar com seus problemas? Será que meu ombro é importante para aquele ombro? Será que ele também me considera seu ombro preferido?”
Refletindo sobre o assunto percebeu que não era nada daquilo. Ou pelo menos não acreditava ser. Seu ombro era sempre muito requisitado, mas percebeu que nunca havia sido requisitado por aquele ombro específico. E esse pensamento a machucou mais ainda. Queria ser para aquele ombro o que ele era para ela.
Foi então que teve certeza. Certeza de estar mais em dúvida que antes sobre o que fazer. E de que, mais do que nunca, precisava de um ombro amigo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Escritos

Ah, a escrita. Ah, escrever. Escrever é um exorcismo. Um exorcismo frustrante. É tentar pôr em palavras sentimentos que mal conseguimos compreender, quiçá descrever. É tentar falar aos outros mesmo quando você não os conhece. E é, ainda assim, muito bom. A escrita junta as pessoas, as que escrevem e as que lêem. Se sentem mais próximas, compartilhando um mesmo sentimento, como se houvesse ali uma relação de amizade.
Quem escreve sabe a satisfação que isso traz. A sensação de leveza, de alívio, como se você estivesse gritando para o mundo todos os seus problemas. Mesmo quando você escreve algo e guarda, ou simplesmente amassa e joga fora, mesmo que só você leia, o sentimento não tem preço. Sentir-se bem é só o que interessa.
Não há nada que se compare a escrever.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Não tem graça

Há um tempo venho tentando ser engraçada. Descontrair, sabe? Voltar ao meu “eu” original que as pessoas conhecem. “A Palhaça”. ”A Boba da Corte”. “A Piadista”. Mas não está dando. Não estou conseguindo. Acho que todos já devem ter percebido, e todos devem estar de saco cheio se perguntando “Cadê a graça? Por que essa seriedade toda? Ela já foi mais divertida”. Eu sei, e eu entendo. Desculpem-me, mas é mais difícil do que parece.
Não vão embora. Eu hei de conseguir. Vou continuar tentando.
Para o bem da verdade, até eu estou meio de saco cheio de mim ultimamente. Eu estou me achando chata. Se eu fosse uma outra pessoa e me conhecesse agora me acharia um pé no saco e nem me daria uma segunda chance.
Mas isso há de mudar, e vocês verão. Algumas tentativas a mais e vai dar certo. Só peço tenham paciência. É uma fase, e já já ela passa. Todo mundo tem dessas coisas. Estou fora da área de cobertura, mas eu volto.
Prometo.

domingo, 12 de outubro de 2008

De todos os outros, eu

Estou começando a ficar cansada.
Cansada de achar que posso confiar nos outros e ser apunhalada pelas costas.
Estou cansando de me machucar por acreditar nas pessoas que julgo boas e amigas.
Cansada de querer mais do que posso ter.
Estou cansando de ouvir todos me dizendo o que devo fazer e aceitar de cabeça baixa, dizendo apenas "Sim, senhor".
Estou me revoltando com o mundo, talvez.
Já cansei de ter medo e me assustar.
Cansei de me preocupar com coisas que aparentemente só importam para mim.
Estou cansada da dor que ninguém compartilha. Cansada da raiva que eu finjo não sentir.
Aviso aos navegantes: De hoje em diante não finjo mais. Não encubro mais meus sentimentos. A "Senhorita Boazinha" morreu. Não vou mais falar e fazer para agradar. Não vou omitir minhas vontades, minhas necessidades e meus sentimentos para o bem estar dos outros.
Cansei de fazer para os outros e não receber nada em troca.
Espero que essa não seja uma daquelas situações em que a gente só dá o devido valor quando perde, porque se forem começar a dar valor à Senhorita Boazinha agora vão perder seu tempo. Essa não volta mais. Está morta e enterrada, sete palmos debaixo da terra.
Ela se cansou também.
Percebi agora que eu preciso cuidar de mim. Acho que foi uma conclusão tardia, mas antes tarde do que nunca, já diriam por aí. Antes tarde do que nunca.
Cansei de todos. Cansei deles, cansei delas, cansei de vocês. Faço pelos outros e ninguém faz por mim. Chega.
Acabou essa história de pôr todos os outros antes de mim mesma.
De todos os outros, eu.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mais uma lista inútil

Então temos aqui mais uma lista que não serve para absolutamente nada. Trata-se da lista com as 20 coincidências mais incríveis. Tem umas que a gente releva, que não são tão incríveis assim, mas tem umas bem assustadoras.
Vou postar aqui algumas. O texto está em inglês, mas acredito que todos que lêem esse blog passaram anos sofrendo nas carteiras dos cursinhos da vida, então isso não será problema.

Twin Boys, twin lives:
The stories of identical twins' nearly identical lives are often astonishing, but perhaps none more so than those of identical twins born in Ohio. The twin boys were separated at birth, being adopted by different families. Unknown to each other, both families named the boys James. And here the coincidences just begin. Both James grew up not even knowing of the other, yet both sought law-enforcement training, both had abilities in mechanical drawing and carpentry, and each had married women named Linda. They both had sons whom one named James Alan and the other named James Allan. The twin brothers also divorced their wives and married other women - both named Betty. And they both owned dogs which they named Toy. Forty years after their childhood separation, the two men were reunited to share their amazingly similar lives. (Source: Reader's Digest, January 1980)
Just like Edgar Allan Poe's book:
In the 19th century, the famous horror writer, Egdar Allan Poe, wrote a book called 'The narrative of Arthur Gordon Pym'. It was about four survivors of a shipwreck who were in an open boat for many days before they decided to kill and eat the cabin boy whose name was Richard Parker. Some years later, in 1884, the yawl, Mignonette, foundered, with only four survivors, who were in an open boat for many days. Eventully the three senior members of the crew, killed and ate the cabin boy. The name of the cabin boy was Richard Parker.
A novel that predicted the Titanic's destiny, and another ship that almost followed:
Morgan Robertson, in 1898, wrote "Futility". It described the maiden voyage of a transatlantic luxury liner named the Titan. Although it was touted as being unsinkable, it strikes an iceberg and sinks with much loss of life. In 1912 the Titanic, a transatlantic luxury liner widely touted as unsinkable strikes an iceberg and sinks with great loss of life on her maiden voyage. In the Book, the Month of the Wreck was April, same as in the real event. There were 3,000 passengers on the book; in reality, 2,207. In the Book, there were 24 Lifeboats; in reality, 20. Months after the Titanic sank, a tramp steamer was traveling through the foggy Atlantic with only a young boy on watch. It came into his head that it had been thereabouts that the Titanic had sunk, and he was suddenly terrified by the thought of the name of his ship - the Titanian. Panic-stricken, he sounded the warning. The ship stopped, just in time: a huge iceberg loomed out of the fog directly in their path. The Titanian was saved.
King Umberto I' double:
In Monza, Italy, King Umberto I, went to a small restaurant for dinner, accompanied by his aide-de-camp, General Emilio Ponzia- Vaglia. When the owner took King Umberto's order, the King noticed that he and the restaurant owner were virtual doubles, in face and in build. Both men began discussing the striking resemblances between each other and found many more similarities. a) Both men were born on the same day, of the same year, (March 14th, 1844). b) Both men had been born in the same town. c) Both men married a woman with same name, Margherita. d) The restauranteur opened his restaurant on the same day that King Umberto was crowned King of Italy. e) On the 29th July 1900, King Umberto was informed that the restauranteur had died that day in a mysterious shooting accident, and as he expressed his regret, he was then assassinated by an anarchist in the crowd.

Não sei quanto a vocês, mas eu adoro essas bizarrices!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Auto-conhecimento

Uma música que gosto muito diz em um de seus versos: “Às vezes acho fácil ser eu mesmo, às vezes acho melhor ser outra pessoa”.
Provavelmente nada me define melhor: “Às vezes acho melhor ser outra pessoa”.
Não é necessariamente uma farsa, nem um disfarce. É uma válvula de escape. Quanto mais as coisas dão errado, mais eu fujo de mim mesma, de me encarar. Não tentando fugir dos problemas em si, mas das conseqüências em mim e de como eu reajo. De como eu me trato.
Eu sei, eu admito, sou problemática. Mas pelo menos me conheço. Sei dos meus limites e sei que eu me maltrato. “Se sabe, então porque continua fazendo?”, você deve estar se perguntando. Mas é tudo muito mais complicado do que parece. Acontece que realmente parece ser mais fácil para mim, muito mais fácil, ser outra pessoa de que conseguir me refrear. Parece estranho, não? Surreal? Esquizofrênico? Sim, e eu concordo. Mas essa foi a maneira que eu criei para me defender de mim mesma. Desde criança, acho, porque não me lembro quando isso começou, mas parece que sempre foi assim e sempre será. Sempre me tratarei como sendo outra pessoa.
Lembro de quando era criança, achava que todos ao meu redor estavam mentindo para mim. Que tudo, toda a minha vida era uma farsa. Todos me enganavam. Minha família, meus amigos, todos mentiam 24 horas por dia. Uma coisa bem “O Show de Truman”, sabe? Mas sem as câmeras. Ainda não havia reality shows naquela época. Pois bem, veja que criança problemática. Não podia crescer para ser uma adulta normal.
Acho que isso demonstra bem minha inaptidão para lidar comigo mesma. Talvez inaptidão não seja a palavra correta, talvez seja medo mesmo, pura e simplesmente. Medo de ter que me enfrentar. Enfrento qualquer problema e suas conseqüências externas, mas as conseqüências que acabo por impor a mim são as que me matam. As conseqüências de decisões que eu tomei, coisas que eu escolhi fazer e que, no fim das contas, só me machucam.Talvez seja medo de mim mesma, de me decepcionar. Fingir que está tudo bem é uma das formas que eu arranjei de ignorar possíveis efeitos negativos que possam me atingir. “Está tudo bem. Estou bem. Estou ótima”, sempre digo isso, virou um mantra. Por mais que não esteja e eu saiba que está tudo errado, eu continuo tentando me convencer de que está tudo ótimo e sigo adiante assim. Como se tudo tivesse acontecido com outra pessoa. Como se eu fosse outra pessoa. Como se não estivesse machucando a mim mesma.
Quer saber? Talvez seja sim um disfarce. Talvez esteja tentando me enganar. Sei que não faz o menos sentido já que eu sei quem sou e o que faço, mas prefiro me fazer de cega e não ver que a pessoa que mais me fere sou eu. Que meu maior inimigo sou eu.
Talvez me faça de boa moça para mim mesma, para me enganar e me fazer acreditar que, na verdade, não sou eu que estou fazendo aquelas escolhas e caindo nos mesmo erros de sempre. Assim, o que sinto não é culpa minha, é de outra pessoa, uma pessoa não tão boa. Seria muito difícil acreditar que é tudo responsabilidade minha.
E assim, no final todos saem ganhando. As pessoas a minha volta, que nem percebem o conflito, e as “eus”. A “eu” culpada de tudo se livra das acusações, uma vez que a “eu” vítima finge não ter visto o rosto da ré e comete perjúrio. Analisando assim parece até engenhoso.
Acho que, na verdade, não é às vezes, não. É sempre.
Sempre acho melhor ser outra pessoa.