sábado, 16 de agosto de 2008

Raposa Serra do Sol

Não posso com esse nome. Toda vez que eu escuto eu dou aquela risadinha contida de criança que acabou de ouvir alguém dizer “perereca” ou “bilau”.
Eu me pergunto, de onde tiraram isso?
A cena deve ter sido mais ou menos assim:
- Aí, a gente precisa chamar aquela área indígena de algum nome, né?
- Tá, mas qual?
- Ah, sei lá. Opa, Já sei! Cada um escreve num papel a palavra mais aleatória que conseguir pensar. Daí, a gente sorteia e vê no que dá. Tá, vamos lá...
“Marmota”... Porra, “marmota”? Quem foi o energúmeno? Não, “marmota” não rola... Se for um bicho tem que ser da fauna brasileira.
- (estagiário sussurra, meio amedrontado) “Raposa”?
- “Raposa”! Boa, garoto-que-eu-não-sei-o-nome-nem-a-função-mas-que-tá-sempre-por-aqui!
“Serra”. Que sem graça, mas tá...
“Solar”. Pô, “solar” não dá. Bora pôr “do sol”. Pronto. “Raposa serra do sol”.
- Lembra o nome daqueles índios americanos... Touro sentado, essas coisas.
- Cala a boca. Indígena é indígena.
Pronto, o resto é história.

2 comentários:

Escuerzo disse...

Tipo uma poesia dadaísta.

*Lu* disse...

- Cala a boca. Indígena é indígena.










HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
genial!