segunda-feira, 16 de junho de 2008

Gosto de livros

Gosto muito de livros, mas gosto ainda mais dos livros que gostam de ser livros. Dos que emanam o orgulho das palavras que têm escritas, dos que exalam o olor da diversão egoísta, dos que nos iluminam a face quando os seguramos, imaginando seu conteúdo.
Aplaudo de pé os que nos fascinam a ponto de não querermos que acabem nunca, só para não perdermos aquela expectativa de continuar a viagem por seus parágrafos. Ovaciono aqueles que sabem nos guiar suas longas retas, mas também por suas curvas fechadas. Abro largos sorrisos quando leio um livro pelo qual me orgulho de descrever as largas avenidas e pequenas vielas de palavras que formam sonhos.
Esses livros, esses que se orgulham de ser livros, são os que nos despertam nas manhãs secas, os que nos esquentam nas tardes frias e cinzentas, os que nos põe para dormir numa noite estrelada de verão. São os companheiros ideais. São os mais belos dos livros por serem e quererem ser simplesmente belos livros.

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